Jornalista, amante do samba e da cultura boemia. Safra de 1977. Cultivado nas montanhas do sul de Minas. Envelhecido em tonéis de umburana em redações pelo Brasil afora.
Das passagens bíblicas que contam a história da vida de Cristo, uma das quais eu mais aprecio é a que conta o momento em que “entrou Jesus no templo de Deus, e expulsou todos os que ali vendiam e compravam, e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões” (Mt 21, 12-13).
Na vida de Jesus, me admira, sobretudo, a coragem de um Homem que desafiou o status quo à época com uma palavra que ainda hoje dá calafrios em boa parte de uma sociedade que se sucumbe à ideologia do ter, esquecendo-se que a felicidade está, simplesmente, em ser – pois é esse, creio eu, o único motivo para estarmos vivos. Sim, meus amigos, o amor ainda é, nos dias atuais, o termo que serve de base à subversão, que tem seu esteio na indignação. E é o amor a única forma de transvestir nossas vidas em plena felicidade.
Dias atrás, conversando com uma senhora, na serenidade dos seus 60 e poucos anos, fui indagado sobre ela, a felicidade. “Saiba, meu jovem (embora já não me ache tão jovem assim, já gostei da desafiadora pergunta desde aqui), que a felicidade tem um preço muito alto”, concordei afirmativamente com a cabeça antes que ela emendasse: “e sabes qual é a única ‘moeda’ que compra felicidade?”. Sem que tivesse tempo de responder – e que permitisse até mesmo falar alguma bobagem -, ela se antecipou: “o preço que se paga pela felicidade, meu filho, é a coragem”.
É comum, nessas épocas de encerramento de ciclo, o desejo aos amigos e parentes dessa tal felicidade. Porém, esse ano – em que fiquei em débito com muitos aqui em razão das turbulências cotidianas -, quero desejar a vocês muita coragem para viver todos os dias que virão.
Coragem para olhar pra dentro de si e ver o que precisa ser consertado para seguir em frente.
Coragem para mudar e experimentar o novo, seja roupa, emprego, cidade ou País.
Coragem para buscar conhecimento e quebrar paradigmas, mesmo que isso, em um primeiro momento, lhe cause dor, antes de trazer conforto.
Coragem para perdoar seus amigos, e, sobretudo, seus inimigos.
Coragem para enfrentar com suavidade perdas, decepções e quedas.
Coragem para deixar a rotina, nem que seja por um dia, e parar para ver um por ou nascer do sol. E perceber o quanto somos pequenos diante da magnitude e perfeição da natureza.
Coragem para dar um grande e fraterno abraço, sem medo, em uma pessoa que você nunca viu na sua vida – e que, talvez, nunca mais a veja.
Coragem para se indignar e lutar contra a injustiça, o ódio e o preconceito
Coragem para levantar de manhã e, mesmo sabendo que enfrentará dificuldades, botar um sorriso no rosto e dar bom dia até ao primeiro vira-lata que encontrar pela rua.
Coragem para ser forte no conteúdo, sendo, sempre, suave na forma.
Coragem para amar e encarar a vida com a serenidade de um adulto e a alegria de uma criança.
Coragem, sobretudo, para pagar o alto, mas compensador, preço que a felicidade nos cobra.
Porque a vida é um presente que recebemos de um Deus feliz que – complementando, com todo o respeito, Nietzsche – dança, canta, dá gargalhadas e toca pandeiro, agogô e tamborim...
Tenho recebido muitos e-mails encaminhados sobre o processo eleitoral desse ano. Uns verdadeiros. Outros, nem tanto. E, desde algum tempo, me preocupo em checar a procedência daquela informação, como jornalista que sou. Diante disso, resolvi me posicionar. Pois como muitos aqui sabem, nunca fui de ficar em cima do muro.
Muitos aqui sabem também que fiz da minha profissão quase um sacerdócio. Por ela, abdiquei de horas que poderia estar com a minha família em momentos importantes – como aniversários, Natais, Anos-novos e até o balé da minha sobrinha -, e com muitos de vocês em um boteco tomando uma, ou numa roda de samba, um jogo do Corinthians, ou simplesmente batendo papo ou ficando de papo pro ar. Amo isso, como – diante de tantos rótulos que já me imprimiram, prefiro esse – humanista que sou.
Mas, a cerca de 15 anos troquei muitos desses momentos para exercer meu ofício e acompanhar de perto os principais fatos da vida, sobretudo política e econômica, do País – como na cobertura das três últimas eleições presidenciais e dos fatos entre elas. É um papo amistoso, prometo. E antes de tudo, porém, gostaria de ressaltar que não votarei no próximo dia 31 – como não votei nas, pelo menos, 4 eleições passadas. No dia da votação sempre estou trabalhando (...e muito) e meu título, como meu coração, ainda são mineiros, de Andradas (atualmente moro em São Paulo, para aqueles que, por acaso, não saibam). Mas, se fosse às urnas – como se já tivesse ido ao primeiro turno – votaria na Dilma, a “Vilma, mulé do Lula”, como dizem por aí.
Aos que são por Serra peço apenas que leiam meus argumentos. Discordâncias sempre haverão. Faz parte da democracia, como faz a livre expressão de opinião, que foi duramente conquistada no Brasil e está se fazendo cada vez mais plena – não apenas pela voz de pequenos grupos.
Teria aqui um milhão de fatos, reais, desses 8 anos de governo Lula que justificariam meu voto em Dilma. E outros tantos fatos que justificariam porque não voto em Serra. Acredito que, além do voto, o pleno exercício da democracia só será ‘realmente pleno’ quando as pessoas exercerem o direito de fiscalizar e participar ativamente, dia-a-dia, do desenvolvimento de políticas públicas para seu bairro, sua cidade seu país, se envolvendo e cobrando a aplicação correta dos recursos. E deixarem, assim, de ser experts em política a cada quatro anos, apenas na hora de votar.
Dessa forma, poderiam argumentar e realmente conhecer diferenças fundamentais de projetos entre Dilma e Serra – e aquilo que eles representam – e não serem manipuladas por informações distorcidas, seja pelos grandes meios de comunicação ou por e-mails apócrifos. Ou, então, absorvidas pelas mesmas estratégias de marketing que fazem acreditar que Coca-Cola faz bem para a saúde ou que alguém vai ficar muito mais cool usando a calça de determinada marca ou aquele óculos Ray-Ban. A primeira grande diferença está na questão econômica. E para entender o posicionamento dos dois é preciso conhecer a história deles e do período em que tiveram sua formação. Dilma, que é economista, já durante a época da ditadura defendia uma intervenção maior do Estado na economia - o que a Academia chama de Keynesianismo, de John Maynard Keynes. Nesse conceito, o Estado serve de indutor do crescimento econômico, investindo no planejamento estrutural da nação – transporte, portos, etc -, enquanto a iniciativa privada trabalha em parceria ou nos outros tantos setores econômicos, livremente. Por acreditar nesse ideário econômico – entre outros tantos – Dilma foi presa por 3 anos pela ditadura militar, patrocinada pelo governo dos Estados Unidos, através da Operação Condor, que preparava as bases para implantação do liberalismo econômico na América Latina.
Serra, que se diz economista (ele abandonou a faculdade de Engenharia quando saiu do Brasil, como presidente da UNE, após a queda de João Goulart), por sua vez, se auto-exilou no Chile. Justamente quando o governo Allende foi deposto em um golpe militar, patrocinado pela mesma operação Condor dos Estados Unidos. Serra, então, conseguiu visto para viver... nos Estados Unidos (sim, que patrocinou o golpe) para desenvolver um estudo econômico sobre o Chile. À época, os “intelectuais” da economia da ditadura chilena eram os chamados Chicago Boys, grupo de estudantes de economia da Puc chilena doutrinados pelo pensador anarco-capitalista liberal Milton Friedman, nos Estados Unidos, dentro do Consenso de Washington, implantado aqui durante os governos Collor-FHC. Serra, como FHC, é um representante do Consenso de Washington no Brasil. Resumindo, o consenso prega a adoção de políticas liberais – como privatização, redução dos gastos públicos, desregulamentação do mercado de capitais, etc. Ou seja, Serra é um Chicago Boy, a serviço do liberalismo hegemônico dos Estados Unidos, que encontrou sua bancarrota durante a crise de 2009. (Fiz um estudo de caso, que inclui esta história toda, no processo de privatização das telecomunicações no Chile, após a queda de Allende, está disponível aqui).
O sucesso do Brasil frente à crise se deu, justamente, pelas medidas tomadas já pelo ministro Antonio Palocci durante a formação do governo Lula e mantida até os dias atuais. Entre essas medidas, o Brasil ampliou o leque de seu comércio internacional. Ou seja, aquelas “viagenzinhas” que os críticos dizem que o Lula fazia pelo mundo com os amigos, na verdade, são viagens de negócios, com empresários, que hoje fizeram dos Estados Unidos o terceiro – não o principal, como era na época FHC – parceiro comercial do Brasil, atrás da China (por ser hoje o motor da economia mundial), e da Argentina, através do Mercosul (que quase foi às mínguas no governo FHC e que Serra critica).
Quanto às críticas sobre corrupção, aparelhamento, questões éticas, isso, eu digo com toda a propriedade, é um problema sistêmico, que só pode ser resolvido através da participação maciça da sociedade (lembra o que falei de participar dia a dia lá em cima). Os políticos, que se beneficiam do problema, nunca irão resolvê-lo. Lula propõe abrir a conversa com a sociedade sobre o assunto assim que deixar o governo, na companhia, inclusive, de FHC, que já foi convidado. Lembre-se, isso também depende de você. Então, não ignore quando ouvir falar em audiência pública sobre a Reforma Política – como houve a audiência sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos (você foi????) e tantas outras, como aquela que discutiu a democratização do meios de comunicação. Garanto que discutir os rumos da sociedade e do País é bem mais interessante que o capítulo imperdível da novela da Globo.
O que posso garantir é que não há corrupção maior no governo Lula/Dilma do que houve no governo FHC/Serra. A diferença é que todas as suspeitas no governo Lula foram e estão sendo investigadas – assim como a atuação da Polícia Federal: incomparável. Não há no governo Lula a figura do Geraldo Brindeiro, que ficou conhecido como "engavetador-geral da república".
Mas, quero dizer ainda (prometo!... estou acabando!), que apoio Dilma porque esse governo melhorou a auto-estima e encheu de orgulho um povo que, dentro de sua sabedoria infinita, sofreu em silêncio por mais de 500 anos.
Quero Dilma para que os pobres do Nordeste continuem gastando mais que os ricos do Sudeste.
Quero Dilma porque quero que meu País continue sendo soberano e vistocomo exemplo de diplomacia internacional, não aceitando rotulagem emitida por terceiros, mas conversando com palestinos, judeus, iranianos, estadunidenses, buscando sempre um contorno de paz. Mesmo que seja em meio a críticas irônicas, frutos do senso de servilismo que sempre quis doutrinar os filhos da pátria mãe gentil.
Quero Dilma porque quero ver mais gente arrumando seu barraco na Mangueira, andando no elevador do Santa Marta, comprando sua casinha em muiiiiitas prestações, mas que é dele.
Quero Dilma porque quero continuar debatendo os rumos do País em que vivo e do qual faço parte, tendo responsabilidade por ele, e não somente sendo manipulado por falsos ídolos que aparecem na TV ou falsos profetas nas igrejas.
Quero Dilma porque quero que o lucro da exploração dos recursos naturais do meu País seja aplicado na educação, na saúde e na melhoria de vida do povo brasileiro e não privatizado para virar instrumento de jogatina no sistema financeiro internacional.
Quero Dilma porque quero afastar, de vez, o risco de cairmos em um regime autoritário, seja através das armas ou da repressão policial, financista ou de pequenos grupos.
Quero Dilma porque sou mais samba do que música clássica. Sou mais feijoada e torresmo do que caviar. Sou mais as montanhas da minha Minas Gerais que os Alpes Suíços (embora nunca os tenha conhecido, mas sei que sou!).
Enfim sou Dilma porque amo meu País e ainda acredito que o amor é o melhor instrumento contra o ódio, o preconceito e a intolerância, seja ela de raça, religião, classe social ou de mentes pequenas que preferem o conhecimento enlatado, muitas vezes apócrifo, do que os fatos que passam diante de seus olhos.
Fico à disposição e aceito convites para tomar uma, a serem agendados (provavelmente, só após a eleição...).
Com saudade de muitos aqui e desculpando-me pela ausência até aos que estão mais próximos...
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A construção da democracia
Aí embaixo tem uns videos das campanhas de Lula desde 1989. É bom para tirar alguns fatos importantes da memória... Fica a sugestão.
Eleição de 1990
Essa é a histórica eleição do Lula lá. Dos artistas na campanha. Chico, de artista da Globo citando Brecht. E até do Mário Covas apoiando o Lulão. Histórica também pela fraude editorial na edição do debate entre Lula e Collor que passou no JN.
Eleição 1994
Foi a eleição que surgiu o homérico Dr. Enéas, seu Prona e o recorde 1,5 milhão de votos. Essa foi o da euforia do Plano Real, feito por FHC no Governo Itamar Franco. O hoje senador, na ocasião teve um grande problema com FHC e Jeiressati que ele conta em entrevista à Caros Amigos (não achei o link na internet, se alguém achar e puder me enviar, disponibilizo aqui).
Eleição de 1998
FHC passou como um trator distribuindo verbas ao Congresso para aprovar a reeleição. O Lula entrou sabendo que ia perder, seja qual fosse o discurso. Situação parecida, mas não admitida pelo Serra esse ano.
Eleição de 2002
Essa eu vi de perto. Foi contra o mesmo Serra. Lembro que no final, a campanha de Lula teve de lançar um novo slogan "a esperança vai vencer o medo", após homérica participação na campanha de Serra da Regina Duarte com o seu "eu tenho medo". Eleição ladeira abaixo. O Lula teve de explicar milhares de vezes que não era ateu e até mudou o jingle, que, na minha opinião, é o mais bonito. "É só você querer, que amanhã assim será. Bote fé e diga Lula!" (tá lá no finalzinho desse vídeo aí)
Eleições de 2006
Essa foi um banho de Lula, mesmo em torno das denúncias do Mensalão. O jogo foi bem sujo no final. Vindas de SP, onde Serra disputava com Mercadante. Aí embaixo o último programa de Lula no primeiro turno, encerrando com chave de ouro, com direito a poema de Gilberto Freyre.
Faltam cinco dias para o segundo turno das eleições. Voltei aqui para postar o último vídeo que, espero, seja o de início da continuidade do projeto idealizado por Lula. A luta foi dura até aqui, ainda faltam algumas batalhas a serem vencidas e nada está definido. Mas o bom combate foi combatido... sem medo de ser feliz!
Acredito que a caixa-postal e a privacidade são coisas sagradas. E, por isso, não costumo importunar com e-mails - muitos deles sem sentido algum - que rodam pela web. Talvez por ser jornalista, prefiro fatos - com dados concretos e comprováveis - a hipóteses e histórias repetidas, como os tais dossiês que ganham as páginas da Veja e dos jornalões com um único objetivo: o da politicagem.
Trabalhando e vivendo em meio a classe média/alta brasileira - sem nunca esquecer o 'pézinho na senzala' de meus ascendentes -, fico indignado quando ouço que "a culpa é sempre do povo". O povo tratado como ignorante, vagabundo e, principalmente, que agora encontrou uma maneira de 'se encostar' com o "Bolsa Esmola" que lhes é dado "sem contrapartida" todo mês pelo tal governo 'populista'. Não culpo as pessoas que pensam desta maneira. Elas apenas repetem, como papagaios, aquilo que os 'respeitados' órgãos de imprensa do País lhes passa como fonte de informação 'confiável'.
E foi nesse meio - e após encontrar a cultura popular brasileira e procurar saber um pouco mais sobre ela - que percebi a beleza, a sabedoria, a sensibilidade e o espírito de coletividade do povo brasileiro, ao contrário do que me era relatado. Um povo que, mesmo massacrado e ignorado por séculos de governos elitistas atrelados ao imperialismo, vive feliz e honestamente.
Hoje leio que mais de 2,2 milhões de famílias (54% dos casos) abriram mão do Bolsa Família ou tiveram o auxílio suspenso pela elevação da renda. Seria mais um dado, se por trás dele não houvessem histórias. Histórias de justiça, por parte de quem foi sempre injustiçado.
Histórias de compromisso e solidariedade com seus semelhantes, daqueles que somente pediam uma oportunidade e tiveram de esperar tanto tempo por ela. Mas, principalmente, histórias que não precisam ser escritas nas páginas da Veja ou dos jornalões para mostrar que o país está mudando... para melhor. Histórias como essas aí embaixo (se quiser ler a reportagem, está aqui):
O motorista Eduardo Rodrigues, que mora em Osasco, na região metropolitana de São Paulo e é pai de uma menina, abriu mão de R$ 40 mensais porque passou em um concurso público. “Não era justo continuarmos recebendo”. Também suspendeu o benefício Sônia de Morais Mendes, moradora de Belo Horizonte. Mãe de três filhos, recebia R$ 112 por mês. Ela aumentou a renda familiar porque voltou com o ex-marido e conseguiu trabalho. “Eu hoje não preciso mais desse dinheiro, por isso fui na prefeitura e dei baixa”, contou.
O vendedor da Feira Livre de Marília (SP) Osvaldo Dutra de Oliveira Primo, pai de dois filhos, precisou do benefício do programa por cerca de três anos. “Foi uma época que estava desempregado, com problema de saúde. Eu praticamente alimentava minha família com esse dinheiro”, lembra. Depois de voltar a trabalhar não sacou mais o auxílio. “Eu usei na extrema necessidade. Assim que tive condições, procurei dar baixa para que outras famílias pudessem ter o benefício”.
Minutos antes, havia visto um vídeo (está aí embaixo e em subtitles pode ser legendado em português) de uma escritora nigeriana - como muitos de nossos ascendentes - sobre histórias e o perigo do pensamento único.
Nele, Chimamanda Adichiefala conta sua história e fala um pouco sobre como se formam os "pré-conceitos". Diz ela: "Histórias importam. Muitas histórias importam. Histórias tem sido usadas para expropriar e tornar malígno.Mas histórias podem também ser usadas para capacitar e humanizar. Histórias podem destruir a dignidade de um povo, mas histórias também podem reparar essa dignidade perdida. Quando nós rejeitamos uma única história, quando percebemos que nunca há apenas uma história sobre nenhum lugar, nós reconquistamos um tipo de paraíso".
Assim, creio que aqueles que quiserem conhecer o paraíso chamado Brasil é melhor estar atento muito mais às histórias de seu povo àquelas relatadas nas páginas da Veja...